quinta-feira, 11 de março de 2010

Custos Fixos e Variáveis

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-fixo-variavel.htm

Custos Fixos e Variáveis
 
Autor: Jonatan de Sousa Zanluca

Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade. Quanto ao volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta classificação é muito utilizada para o cálculo do sistema de custos variável.
Despesas e Custos Fixos
Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de aumento ou diminuição da produção. Independem portanto, do nível de atividade, conhecidos também como custo de estrutura.
Exemplos:

  • Limpeza e Conservação

  • Aluguéis de Equipamentos e Instalações

  • Salários da Administração

  • Segurança e Vigilância
Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.

Despesas e Custos Variáveis
Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.
Exemplos:

  • Matérias-Primas

  • Comissões de Vendas

  • Insumos produtivos (Água, Energia)
Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis

No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não na produção.

Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pelo legislação fiscal, e serve somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente conforme o Decreto 3.000/99. Neste método todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes são fixos ou variáveis. Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o que gerou o nome deste método (custo por absorção).

Vantagens do Custeio Variável

Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:

 - Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
 - Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado.
 - Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no processo decisório.

domingo, 7 de março de 2010

A Evolução dos Sistemas de Custeios

http://pt.wikipedia.org/wiki/Custeio_ABC




    Historicamente na década de 20 se consolidou o Custeio Tradicional, o produto simbolizava o capitalismo, e a grande maioria das organizações se baseavam na produção em massa de produtos pouco diversificados, utilizando-se mão-de-obra intensiva. Os custos diretos (ligados diretamente a produção) eram fortemente preponderantes na composição dos custos, o Custo Tradicional foi adotado quase universalmente, talvez pela facilidade ou pelo comodismo da época. Porém com as mudanças em duas variáveis fundamentais como o aumento da participação dos custos indiretos na composição dos custos totais e o aumento da diversificação dos produtos e processos; fez com que resultasse na obsolescência do Custeio Tradicional para fins gerenciais e no surgimento de técnicas inovadoras como o Custeio ABC. Ou seja, para acompanhar o mercado as organizações precisaram investir em qualidade, tanto para os clientes internos (funcionários) quanto para os clientes externos; os custos indiretos aumentaram significativamente e não podiam continuar mais a serem tratados como antes no sistema tradicional, surge então a idéia do Custeio ABC.
       Os produtos que alocam mais atividades passam a ter uma maior fatia na divisão dos custos indiretos. Para Maffei Filho o método ABC:
... almeja atribuir aos produtos individuais a parcela de gastos indiretos consumida por cada um deles. Isto é feito definindo-se as atividades relevantes da empresa, calculando-se o custo de cada uma delas, e então atribuindo este custo aos produtos com base no consumo de cada atividade por parte de cada produto (2003, p.1).
    Embora haja indícios de que o Custeio ABC tenha origem em trabalhos desenvolvidos na General Electric, na década de 60 nos Estados Unidos, somente com a intensificação da competição global, por volta da década de 80, quando as empresas despertaram para a nova realidade (satisfação dos clientes, treinamento, qualidade e etc.) e as novas tecnologias avançadas de produção e filosofia de gestão empresarial, o ABC, cujo propósito é de suprir essas necessidades sobre esses processos. Em outras palavras o objetivo do Custeio ABC é suprir a necessidade de informações precisas sobre o custo da necessidade de recursos de produtos, serviços, e canais específicos.
     O Custeio ABC, possibilita um cálculo mais acurado do custo dos produtos individuais. Sua principal vantagem é o fato que pode ser usado como uma ferramenta gerencial que estimula e suporta a melhoria contínua dos processos, da qualidade, dos parâmetros de desempenho da empresa e das próprias pessoas, pois focaliza os possíveis problemas ou oportunidades de melhora. Sua mais séria restrição é a dificuldade imposta à sua implantação pela carência e pelo custo das informações necessárias para o ABC. Porém com as novas tecnologias como os coletores eletrônicos de dados e os Sistemas Integrados de Administração Empresarial (ERP) e uma série de inovações a perspectiva é que o uso do ABC se amplie, principalmente nos mercados competitivos onde o conhecimento dos custos e de onde eles ocorrem é uma questão de sobrevivência (Maffei Filho, 2003).
    Com o avanço da tecnologia e a crescente complexidade dos sistemas de produção, ocorreu, uma mudança do perfil de custos das organizações, passando de uma estrutura em que os custos diretos cedem espaços para os indiretos, e então, se fez necessário mudar a forma de custear, com objetivo de conhecer melhor quais atividades e produtos agregam valor, contribuindo para que a organização seja competitiva, fazendo o melhor mais barato.

Tipos de Custeios

http://pt.wikipedia.org/wiki/Custeio_por_absor%C3%A7%C3%A3o

 

     O Custeio por Absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço)absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.
      Esse método foi derivado do sistema desenvolvido na Alemanha no início do século XX conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit).
      Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os produtos feitos.
     A principal distinção existente no uso do custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto que apenas os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos são ativados nos estoques destes produtos.
     Na legislação tributária brasileira do imposto de renda, esse método é o recomendado, sendo vetado o chamado método direto ou variável (vide contabilidade tributária). Nessa especialização, contudo, deve-se fazer sempre ressalvas: apesar do nome, muitos gastos potenciais não fazem parte do Custo de Absorção para fins tributários, simplesmente porque não são reconhecidos tributariamente como encargos: o imposto de renda do exercício, por exemplo, é um gasto em potencial que não será rateado pelo CIF, nem classificado como despesa operacional.

     O Custeio Direto ou Custeio Variavel é um tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis.
     O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e fixos, isto é, em gastos que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informações importantissimas como a margem de contribuição (contribuição marginal) e é o sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisões nas empresas.
    Porém esse método de custeio não é aceito para demonstrativos externos, pois fere um os princípios contábeis aceito no Brasil e também não é aceito perante a legislação do imposto de renda.

    Custeio baseado em atividades ou custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Esta é uma metodologia desenvolvida pelos professores americanos Robert Kaplan e Robin Cooper em meados da década de 80 (Harvard), voltada à análise de custos de atividades, seus direcionadores, objetos de custos focada para um tratamento especial de custos indiretos e sua junção com a metodologia: UP’ – Unidade de Produção© (UEP).

  GECON ou modelo Gestão Econômica é um modelo de mensuração de custos baseado em gestão por resultados econômicos. Também conhecido por Grid Economics and Business Models Works[1].
   Idealizado pelo Prof. Armando Catelli[2] no final dos anos setenta vislumbrando a necessidade de adequação dos modelos da administração da organizações à realidade empresarial e também a ineficácia dos sistemas de contabilidade e de custos para o apoio do processo decisório.
   Para implantação do Modelo de mensuração de custos GECON é necessário o uso de um aplicativo para controlar e mensurar os custos econômicos e financeiros da empresa. Basicamente a apuração do resultado econômico de cada setor da empresa é comparado com o resultado de outros setores onde a análise de custos x resultados são fundamentais para busca de uma constante eficiência x eficácia nos processos.
    Sua estrutura básica pode ser descrita como:
Medida da Eficácia da Empresa
Processo de Geração do Lucro
Responsabilidade pela Geração do Lucro
Papel dos Gestores
Informação para Gestão
Aspectos Operacionais, Financeiros e Econômicos das Atividades

Custo Indireto

http://www.informativosbc.com.br/informativoSBC/agosto2002/20263309/custosindiretos.htm
    Dentro do critério descrito, estes custos referem-se aos serviços de apoio, assim como complementos necessários ao desenvolvimento racionalizado de todos os estágios de obras.
    Exemplificando, somente será possível determinar-se a área de armazenamento de agregados e agregantes se já estão perfeitamente conhecidos os volumes estruturais, assim como os de alvenaria e revestimentos constantes nos Custos Diretos.
    Da mesma forma, conhecidos os valores representados pelos volumes e áreas ou unidades de acabamento, é possível avaliarem-se, através de Composições de Custos específicas todos os serviços contidos na organização de um Canteiro de Obras que correspondam às especificações requeridas em determinada obra.
   Com a identificação de todos os trabalhos a serem desenvolvidos, igualmente é conhecido, através das próprias Composições de Custos, o contingente da mão-de-obra necessário à completação das mesmas, podendo desta forma ser avaliado o número de operários e técnicos que deverão ter o apoio de alojamento e instalações adequadas ao desenvolvimento dos serviços, inclusive no que se refere aos diversos trabalhos de transporte vertical e horizontal.
   O perfeito conhecimento dos eventos a serem produzidos nos encargos de obras pode servir de base tecnologicamente correta para a determinação e qualificação de máquinas e equipamentos necessários aos serviços de apoio, podendo serem dimensionados em custos/hora ou outras unidades equivalentes, representados por Composições de Custos já especificamente elaboradas e disponíveis para tal fim.
   Nos custos indiretos estão também incluídas as despesas e encargos com os serviços de estiva de carga e descarga, além dos de estocagem de materiais e equipamentos.
   Neste caso, por exemplo, sabe-se que um vaso sanitário é representado por 0,12m3 em volume, fato esse que determina a área de espaço que deverá estar disponível no Barracão de obras em volume para a estocagem desse conjuntos de equipamentos.
   Na descrição dos eventos em obras, previstos no Decreto 92.100 e na Lei 4.591, todos os serviços estão cobertos por Composições de Custos analíticas, com a discriminação isolada de cada unidade, sempre com a anotação da mão-de-obra correspondente e respectivos encargos sociais.
   Estes mesmos dados são importantes para a determinação das equipes técnicas de direção e administração da obra, usualmente custeadas em bases de custo/mês. Pode-se afirmar que, em obras de currículo normal, determinada edificação de 2 mil metros quadrados poderá ocupar a mesma equipe técnica de fiscalização que seria empregada em uma obra de 6 mil metros quadrados. Os estudos de racionalização dos demais serviços, certamente, contribuirão decisivamente para que tais custos sejam reduzidos ao mínimo necessário.
   Adiante, a discriminação da codificação dos Grupos que formam os Custos Indiretos, dentro das disposições contidas no Decreto 92.100:



                                            Custos Indiretos
000 PROJETOS



011 SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS



012 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS



013 MAQUINAS E FERRAMENTAS



014 CONSUMOS



015 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA



017 TRANSPORTES E CARRETOS




    Por força do mesmo Decreto 92.100 e da Lei 4.591 que, em seu Art.53, originou a PNB-140 da ABTN atual NBR 12.721, a elaboração de discriminação orçamentária é regulamentada de tal forma que todos os eventos e insumos que compõe determinada obra, possam - e devam - estar perfeitamente determinados, ordenados e englobados nos seus Custos Diretos e Indiretos.
    Isso equivale afirmar que todos os eventos que forem programados, regularmente custeados, deverão ter os seus encargos cobertos pelo proprietário da obra, adicionando-se aos referidos custos, os encargos de Administração ou Lucro do Construtor, da forma mais conveniente.
  Pelo mesmo raciocínio, insumos não previstos serão insumos provavelmente sujeitos a discussão e, o que é pior, insumos que poderiam ser cobertos pelo proprietário mas que o serão pelo construtor, deduzidos naturalmente as suas taxas de Administração e Lucro, sem se mencionar as sanções já previstas na legislação.
   É dever do orçamentista, a correta estimativa dos Custos Indiretos de Obras, fazendo com que os trabalhos de estimativa e previsão orçamentária se situem, tanto quanto tecnicamente possíveis, os mais próximos da realidade.

Custo Direto


    É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo.  
    É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento.
    Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado.
    Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos.

                            Exemplos de custos diretos:

-Matérias-primas usados na fabricação do produto
-Mão-de-obra direta
-Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços.

    Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados.
    Os CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição é necessário para determinar estes custos.


                            APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS

 
     Para conhecer o consumo de materiais, basta a empresa manter um sistema de requisições, de modo a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado.
     Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso, a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos, horas).
     Nas empresas de serviços, normalmente se faz o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados).

Custos

http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade_de_custos

      A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de desempenho, e de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões, bem como tornar possível a alocação mais criteriosamente possível dos custos de produção aos produtos.
      A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidade produzidas, horas trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens de produção, entre outros.
     A contabilidade de custos requer a existência de métodos de custeio para que, ao final do processo, seja possível obter-se o valor a ser atribuído ao objeto de estudo.


 
   
       Os principais métodos de custeio são:

Custeio por absorção
Custeio variável ou direto
Custeio ABC - Activity Based Costing
Gestão Econômica ou GECON
Desenvolvimento da Contabilidade Custo

     O desenvolvimento da Contabilidade de Custos recebeu seu maior impulso quando da Revolução Industrial, a ponto de gerar um novo campo de aplicação conhecido como Contabilidade Industrial. A partir desse evento, a contabilidade passou de seu foco principal que era a avaliação de estoques, para as diferentes técnicas de custeio. No século XX começaram a surgir as teorias e técnicas de gestão contábil na Europa e posteriormente nos Estados Unidos. Passou-se a questionar o que muitos autores chamavam de contabilidade tradicional de custos, basicamente as técnicas centradas na realocação de custos indiretos (rateios do CIF). As novas propostas formariam a maior parte do escopo atribuido a vertente da Contabilidade Gerencial, Controladoria Contábil (integração de Orçamento e Contabilidade) e Contabilidade Estratégica (integração de orçamentos plurianuais e contabilidade, havendo também propostas múltiplas que buscam identificar e sistematizar tendências gerenciais de longo prazo).


quinta-feira, 4 de março de 2010